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A poesia quando chega não respeita nada!

22 setembro, 2008

Aviso: Quem tem problemas nos olhos dê umas pausas no meio do texto, porque se a viagem que a gente fez foi longa, a de vocês vai ser tão grande ou maior. Respirem, olhem pra outro canto… Não quero que me culpem por ter que aumentar o grau do óculos depois de tantas horas de frente pra a telinha.

E o telefone toca. Ai meu Deus, quem será? Será Zé? Mas nossa reunião estava marcada para 15:10 no Módulo! São 14:30 Será que… É tia Fafá! Olhei no visor do meu celular.  Viagem? turnê? Ai meu deus! Fu… Em resumo, e para acabar com essa palhaçada, eu – Diego – recebi uma proposta de trabalho no fim de semana que mudou o rumo da Paperball inteira do que tínhamos planejado e tudo o mais.

Estávamos, eu e Cogo, na casa deste tendo idéias para edições de um vídeo para Zé Carlos. Eram 10:50 da manhã quando Donk me liga e avisa: “Vai ter uma reunião no módulo às 15:10, hoje. Levem o que puder para a gente dar continuidade ao processo”. Ficamos perplexos, pois esperávamos ir para a casa de Fábio e fazer uma noite de edição daquelas(regadas a leite-moça) e passar uma série de vídeos da Mini-DV para o pc. Não poderíamos mais, pois já tinhamos que entregar tudo aquilo que estava em mãos muito mais cedo do que o previsto. Um tempo depois, vem a tal da ligação que mudou as nossas vidas. um convite para viajar numa turnê do grupo de poesia “A Poesia Quando Chega…”, onde filmaríamos de tudo para depois fazer um dvd com making-ofs e aqulio que for de direito. O problema: a viagem era no mesmo dia da ligação! Na sexta-feira, nove da noite iríamos embora e voltariamos na madrugada de sábado pra domingo.

Tudo bem, refizemos os planos, e eu teria que buscar Fábio no meio do caminho, que eu ia em casa pegar a câmera e todos os outros equipamentos, para depois estar com tudo em mãos. Corri para o meu carro e acelerei queimando o meu braço esquerdo(tá lindo), com a marca da camisa. Cheguei em casa, corri procurando por roupas arrumadas, bagunçadas e mais o que tinha pela frente. Engoli um pedaço de prato com um pouco de lasanha e saí.

Lá fora pisei no acelerador como alguém que pisa em uvas COM GOSTO(DE VINHO CANÇÃO)! No meio do caminho, Fábio e eu nos desencontramos e eu pedi para ele ir direto para a casa de Cogo. Lá continuamos a editar o que pudíamos e saímos os três para a reunião.

Vamos para o Módulo! Chegamos lá com 5 minutos adiantados e estávamos felizes. Quando adentramos as portas do estabelecimento, a moça, que educadamente priorizava a todos MENOS NÓS disse depois de um tempo de espera agradável que aquele não era mais o cursinho módulo, que mudou de endereço para o antigo PhD. FU.. de novo!!! Corremos contra o relógio e quase contra a mão, mas não fizemos estripulias, só umas 7 buzinadas mesmo. Chegamos esbaforidos, mas no tempo certinho, na hora da reunião.

Decidimos as coisas que vamos fazer e que tomam seguimento segunda-feira. Zé saiu no meio pra resolver uns problemas e iria voltar pra fechar com a gente. Fiz umas ligações e decidi a tripulação da Paperball que iria comigo para a viagem inter-espacia… municipal. Eu, cogo e Juliana.

Antes da viagem ainda, precisávamos de suprimentos. Eu, cogo e Fábio fomos no extra da Paralela e compramos mantimentos como leite-moça(6 latas) e outras coisas mais. Compramos mini-dvs e depois fomos buscar um pagamento do teatro e Fábio se foi para casa. Eu e cogo fomos para a casa de tia fafá para irmos juntos, no final das contas, para o ônibus.

Chegamos no Itaigara, o ponto de encontro, e lá já estava Juliana a postos. Chamamos ela para pegar os equipamentos no carro e esperamos um pouco até que o ônibus chegou. Pronto, hora de colocar tudo no buzu. Gravamos todos subindo no ônibus, iniciando a turnê. Todos bem alegres e saltitantes(isso porque ninguém sabia quanto iriam chacoalhar mais tarde na viagem de mais de oito horas).

Eu e cogo em um banco duplo e juliana atrás com Tito(?). Começou a festa, pandeiro, pagode, brega, a-porra-toda rolou – musicalmente falando – no buzu. Depois de muito, MUITO tempo. O pessoal foi caindo com o pó de pirlim-pim-pim e todos foram abrindo o bocão pra dormir. Acordamos diversas vezes, para descarregar os fluidos  do corpo e voltamos, um ritual que se repetiu algumas vezes. No fim das contas, chegamos na cidade pacata com o nome de Itapetinga e quando descemos do ônibus com todos os equipamentos nas mãos, demos de cara com um senhor muito simpático, o nosso vovô(de Tito). Seu Getro, que além de tudo é o mascote do grupo da poesia e é muito carismático. Lá estava ele de braços abertos e comemorando a nossa chegada. Quando adentramos a bela casa, vimos uma mesa linda, que foi ficando mais e mais linda à medida que a comida ia surgindo. Alguns de nós, comemos e nos deliciamos com a variedade de comidas e fomos dormir. Acordei às 8:45 para me aprontar, assim como Cogo e Juliana. Pouco tempo depois fomos para o ônibus e partimos até a UESB. Chegamos lá no auditório com o Boom, dois tripés e duas câmeras. Nos organizamos e soubemos que não ia ser no palco e ia ser dinâmica a apresentação. A abertura foi linda e começa com o povo do grupo descendo uma escadaria com um tapete vermelho falando: “A poesia quando chega não respeita nada” algumas vezes e deram sequência à apresentação. Ficou lindo. Na hora do famoso poema do Anão Triste, Thiago terminou de recitá-lo de forma animada, como de costume, e houve risadas acanhadas. Contamos 30 segundos de silêncio quando uma moça “grita” a sua risada. Aí, todos, todos MESMO, riram. Até a câmera riu, se duvidar!

Acabamos o recital e tínhamos o resto da viagem pra gravar. Filmamos a estrada, o ônibus e a entrada numa fábrica de queijos. “O Queijo Quando chega” foi entitulado por mim, para a parte do dvd que vai conter a sessão do tão adorado queijo. Fomos ao esperado almoço num restaurante em cima de um píer. Numa lagoa linda ao redor, uma ponte no caminho… Ops já ia começar a cantar(piada interna). Gravamos, comemos, bebemos e fomos a uma igrejinha linda toda de pedra. Esta igreja foi construída por um homem fazendeiro. Ele sonhou que tinha a missão de construí-la e cumpriu. A trilha que levava à igreja era também de pedras, todas bem colocadas. O lugar é lindo de verdade, é um local bastante filmável. Algo me diz que vamos voltar lá um dia. Fomos para a casa de Getro, dormimos, comemos, dormimos questão de poucas horas. 2, eu acho. Entramos no ônibus depois da despedida e foram quatro horas acordados e quatro horas dormindo profundamente. Há quem diga que eu até ronquei. Mas é tudo mentira! Eles querem sujar a minha imagem! Querem conspirar com a minha pessoa! Onde já se viu? Pois bem… continuando! A poesia quando chegou em Salvador, chegou cansada. Foram todos se despedindo e pegando as coisas.

A noite terminou na casa de tia Fafá, eu, Ju e Thiago e ela, óbvio!

Só a noite terminou. O post começou agora. Hahá! Como vocês sabem, eu sou maluco e começo pelo fim. técnicas estranhas, amigos, mas funciona.

Antes da viagem, não houve ócio na Paperball. Eu engordei 3 quilos e meio em duas semanas de tanto trabalhar! Foi um  processo de ir para a casa de Fábio, almoçar em minha casa, dormir na casa de cogo, de Fábio de novo e tudo o mais. Rodízio de trabalhos, de comida e afemaria! (Comer na casa de Fábio, porém, é o que mais engorda. 22 pães pra 3 pessoas acabarem em 10 minutos não é brincadeira!)

Esses foram dias de shows e um recital, além de trabalho em peça de teatro, entrevistas, etc. Tá pensando que não escrevi por preguiça?

Um dia foi o show da Anacê uma banda da querida cidade de Cruz das Almas, que a Paperball cobriu com a presença de Renato, Juliana e eu lá no Pelourinho, depois de enfrentar engarrafamentos e dezenas de complicações. Saiu tudo nos conformes, no fim das contas.

Depois de alguns dias, poucos – é claro, tivemos um recital da escola de poesia de Elisa Lucinda, que é originário do Rio; mas que tem várias escolas por aí pelo Brasil. Estavam algumas pessoas aqui em Salvador, como a própria Lucinda e teve a apresentação feita na Cipó. Eramos vários nesse dia. Renato no boom, Fábio na câmera dos detalhes e monitoração de áudio, juliana monitorando a captura toda, cogo na câmera aberta e eu no auxílio de quem precisava.

Nossa parceria com o grupo de poesias está tão forte que estamos nos vendo com uma frequência incrível. Domingo tem mais recital, mais filmagens, mais dvd… TUDO MAIS. E só pra ficar redundante… Até MAIS!